Planilha de Precificação Cora

Antes de colocar a mão na massa — ou melhor, na planilha —, você precisa entender alguns conceitos básicos que envolvem o processo de precificação. Não se trata apenas de números e aplicação de fórmulas matemáticas. Mais do que isso, é preciso ter um bom conhecimento sobre o produto, a empresa e o mercado em que ela está inserida. 

Você sabe, por exemplo, a diferença entre preço e valor? Por definição, preço é a “quantidade monetária que se atribui à troca por um bem ou serviço”. Ou seja, trata-se do custo de um produto ou serviço que será negociado com um cliente, algo matemático que pode ser encontrado com o apoio dos números.

Por outro lado, quando tratamos de valor, estamos falando do custo agregado aos benefícios e características exclusivas que aquele item possui. Dessa forma, a precificação também é resultado de uma boa análise de mercado.

Em resumo, o processo de precificação leva em consideração os custos e despesas, mas, também, a percepção de valor do seu público.   

Não sabe por onde começar? A seguir, listamos três passos que vão te ajudar.

Passo 1: Faça o controle de custos e despesas

O maior erro dos donos de negócios é não dar a devida importância a essa etapa. Se você ainda não fez isso, comece separando as contas pessoais das finanças da empresa, ou seja, concentre cada tipo de ganho e despesa em seu devido planejamento e conta bancária. Acredite: esse simples passo fará toda a diferença na gestão financeira do seu negócio.

Se você não utiliza nenhum software de gestão para isso, faça um controle financeiro empresarial via planilha mesmo. Lance no documento todos os valores de entrada e saída do fluxo de caixa e não deixe nada de fora: despesas consideradas irrelevantes por serem “muito pequenas” podem fazer uma grande diferença no fim do mês. 

Passo 2: Entenda e defina a sua margem de lucro

O preço do seu produto não deve apenas garantir que os custos sejam pagos. Toda e qualquer política de preços leva em consideração diversos fatores para garantir a sobrevivência de um negócio. Portanto, analise sua concorrência para ter uma noção clara dos preços praticados no mercado. Nada de chutes neste momento.

Considere também uma percepção dos seus clientes sobre a sua marca para determinar uma média do quanto eles estão dispostos a pagar pelo produto ou serviço que você oferece. Não existe uma margem de lucro ideal, já que cada empresa possui necessidades e objetivos diferentes. Margens de lucro muito altas têm um potencial de retorno mais rápido, mas podem assustar os clientes.

Para definir sua margem de lucro é preciso levar em consideração a realidade do negócio. Alguns contadores apontam que, em média, aplicam-se as seguintes porcentagens de lucro:

• 30% a 20% para serviços;
• 10% a 20% para comércio;
• 7% a 12% para indústria.

Em resumo, para fazer uma boa precificação, você não deve pensar em preços muito baixos, que comprometam a saúde financeira da empresa, mas também não deve pensar em preços tão altos que afastem os clientes.

Passo 3: Observe as práticas do mercado

Reforçando o último tópico, utilize o mercado como seu termômetro. Seus preços devem ser  alinhados com as exigências de mercado. Existem diversas outras soluções no mesmo ramo, portanto, suas ofertas devem ser competitivas.

Porém, evite ao máximo fazer guerras de preços. É claro que existem momentos em que, por estratégia, você reduzirá os valores de venda, mas isso deve ser pensado com cautela para não prejudicar a empresa.